segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do amigo

Pra mim, feriados são manifestações sobretudo comerciais, ainda mais essas de dia das mães, dia das crianças, etc, em que toca todo mundo pras lojas comprar presente pros seus entes queridos (ou não). De qualquer forma, como postar aqui no MdT é 0800 mesmo, resolvi postar sobre meu parceiro de blog e melhor amigo, diga-se de passagem, Adelmo.

A gente se conheceu em meados de 2004, quando por uma baita cagada a gente passou num processo seletivo pra fazer um curso de turismo aqui em Salvador. Foram tempos memoráveis, onde com outros dois colegas éramos o terror do curso. A gente zoava tanto que quase a gente se fode fomos expulsos do curso. Naquela época, a gente ia sempre após as aulas pra uma pracinha que ficava perto do instituto, a praça da Cruz Caída. Foi numa noite lá que eu levei o maior porre da minha vida, eu devia ter uns 17 anos, e, pelo que me disseram, eu devo ter bebido umas três garrafas de Dreher. Isso mesmo, três garrafas de conhaque! E devo dizer, “desce macio e reanima” deve ser um gole só, porque passou da primeira garrafa eu já não me lembro mais de nada, só sei que meu pai disse que chamou um médico pra me examinar quando cheguei em casa e o médico disse a ele assim “seu filho não está com álcool no sangue, está com sangue no álcool!”. Naquela noite estávamos todos lá, incluindo Adelmo, que foi o único que me acompanhou até o Elevador Lacerda (se bem que isso são só uns 100m de distância ¬¬) e de lá só Deus sabe como consegui chegar em casa.

Depois de nos formarmos no instituto, todos seguimos caminhos diferentes, mas a amizade com Adelmo permaneceu a mais forte, tanto que cerca de um ano depois, a gente procurou trampo juntos, eu consegui emprego num flat e ele numa pousada. Mais ou menos nessa época eu comecei a fazer rappel e Adelmo chegava junto sempre que podia. A gente manobrou em vários locais aqui de Salvador e região metropolitana, enquanto bolávamos o Mukeka de Tamarindo. Ainda me lembro de uma noite em que eu fui pro rappel com uma gringa, e Adelmo apareceu lá chamando a gente pro show de Gerônimo, no Pelourinho. No caminho, a gente achou um dos nossos “comparsas” do instituto de hospitalidade, e fomos todos juntos lá pro Pelô. Tava chovendo um pouco, e acabou que perdemos o show de Gerônimo. Então fomos pra casa do nosso amigo, e de lá fomos levar a gringa em casa. No caminho, quando íamos descendo uma ladeira, Adelmo parece que ficou doidão perdeu a noção do perigo e acelerou com tudo, batendo no fundo de um táxi que estava estacionado na rua. Não pensamos duas vezes, e o pneu cantou! Já a uma certa distância, paramos pra ver o estrago na frente do veículo, que ficou mais feio do que a cara do motorista (sacaneei huahuahua!!!) e continuamos na nossa jornada pra levar a gringa em casa. No caminho, uns dois ou três carros, não me lembro bem, nos fecharam, gritando “Polícia! Encosta! Encosta!!!” e aí foi uma merda. Não era polícia porra nenhuma, era o baitola do “taquiceiro” tentando intimidar a gente, mas tivemos que prestar contas na delegacia e Adelmo se fudeu pra pagar o prejú e encarar a mãe dele, não necessariamente nessa ordem.

Outra coisa que marcou também foi quando fomos a uma festa de boas-vindas a um cruzeiro de estudantes americanos que aporta aqui em SSA todo ano, a convite de Josesc, ex-colega nosso do instituto também. A festa foi legal, muita gatinha, bebida e comida 0800, melhor que isso, só uma orgia impossível! Mas a festa acabou tarde pra cacete, e não passava mais ônibus pra casa nem eu tinha grana pra táxi. Aí Adelmo foi a minha salvação, ele morava não muito longe de lá, e passei a noite na casa dele, indo trampar de manhã cedo. No meio do trampo, eu ainda fui na festa de Yemanjá encontrar uma gringa que eu tinha conhecido na festa.

E hoje, com o Mukeka de Tamarindo a todo vapor (isso foi uma piada) a gente tem contato diariamente, postando no blog, conspirando nos “bastidores do reino” e marcando reggaes ou manobras de rappel por aí. A gente já desceu juntos na Passarela da Estação da Lapa, Viaduto da Garibaldi, Torre do Cia, Passarela do Salvador Shopping e por aí vai (quem é de Salvador certamente conhece esses locais) e eu me lembro de uma vez que eu, fominha de rappel, vinha de ônibus na cidade baixa e, subindo a Ladeira da Montanha, que passa por debaixo do Elevador, vi uma galera descendo de rappel. Meu sonho é fazer rappel no Elevador Lacerda, e um dia ainda hei de postar aqui sobre a manobra que eu fizer lá! Pois, assim que cheguei em casa, peguei meu equipamento e liguei pra Adelmo, que ficou “virado na porra” que nem eu pra manobrar! Terminou não rolando da gente descer, porque a manobra era treinamento de equipes de primeiros socorros, mas que um dia a gente ainda vai manobrar lá, ah isso vai!

E isso são apenas algumas poucas estórias que aconteceram conosco, com muitas outras aí por vir ainda! Adelmo é um grande amigo, companheiro pro que der e vier (e pro que vier e der também!). Quando as pessoas te dão as costas, Adelmo é aquele amigo que vai estar lá com você, pra passar a mão na bunda delas! Adelmo, miguxo, dedico essa bagaça, digo, este post a você!

Um comentário:

  1. Pois saiba que nesse dia aí da cachaça eu tava muito bebado tbm e se vc escutasse conselho não tinha ficado daquele jeito! Seu zé!
    Amizade eterna, veio! Tô aqui pro que der e vier!
    Abraço!

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